Museu em homenagem à artista plástica Frida Kahlo inspira o projeto deste apê colorido, alegre cheio de energia e vivacidade
Texto: Roberta Almeida | Fotos: Mariana Orsi
Dona deste apartamento de 55 m², no bairro da Pompeia, em São Paulo, a Juliana Pupo já acompanhava o trabalho da Mandril Arquitetura via Instagram quando optou por chama-los para assinar o projeto dos seus sonhos. “Foi um grande desafio, porque a Ju veio com muitas ideias prontas, mas a gente conseguiu transformá-las em algo harmônico e funcional, respeitando os gostos, as memórias e o que é realmente importante para ela”, afirmam o arquiteto Bruno Reis e a designer de interiores Helena Kallas, sócios no escritório de arquitetura.
O ponto de partida para este apê colorido e alegre foi uma foto tirada pela moradora em visita à “La Casa Azul”, lugar onde a artista plástica Frida Kahlo viveu e hoje é um museu em sua homenagem. A viagem ao México abriu os olhos da moradora para a beleza e a vivacidade de uma boa mistura de cores.
Assim, a harmoniosa mescla de tons, com ênfase nos terrosos e nos verdes, traz vida e autenticidade à área social da morada, pensada para ser acolhedora, prática e funcional.
Receber bem os amigos era uma das prioridades para a Juliana. Por isso, o Bruno e a Helena investiram na integração dos ambientes, ao mesmo tempo em que criaram espaços para momentos especiais, como a área de jantar com mesa redonda e canto alemão e, bem ao lado, a torre da marcenaria com um nicho para a máquina de café, uma das paixões da dona da casa.
A originalidade também é a marca da cozinha, unificada com a lavanderia. O revestimento do blacksplash – entre a pia e o armário superior -, por exemplo, é na verdade um piso tátil de calçada, desses usados para guiar pessoas com deficiência visual. “Adoramos a cor e a textura e a cliente abraçou a ideia”, contam os profissionais. Outra solução personalizada foi elevar a máquina de lavar com a estrutura da marcenaria, o que facilita o uso no dia a dia.
No lavabo, que também é o banheiro de hóspedes, outra surpresa: uma gigantografia de uma pintura bem marcada, transformada em papel de parede, sobe da pia ao teto, acrescentando um apelo cênico e mais chamativo em contraste a cerâmica branca.
Mais suave e propício ao descanso, o quarto ganha tons de areia e bege, com um painel de madeira de efeito frisado que vira no teto, criando uma espécie de concha sobre a cama. Ao lado, a mesinha de cabeceira é um móvel desenhado e executado pelo avô da Juliana e um dos muitos traços de afeto desse lar cheio de história e ternura.
+ PRA VOCÊ: Profusão de cores