Com peças de mobiliário vanguardista e inspiração na memória afetiva da infância, o arquiteto Renato Mendonça transformou o apartamento onde vive em São Paulo
Há poucas coisas na vida que se equiparam com a sensação de aconchego e segurança que sentíamos na casa de nossos pais quando crianças. Apesar de desafiador recuperar esse sentimento conforme os desafios da vida adulta vão nos atravessando, ainda existem alguns pequenos truques que nos permitem resgatá-lo em nossa rotina diária: como, por exemplo, uma repaginação de interiores.
Foi seguindo essa ideia que o arquiteto Renato Mendonça se inspirou para realizar a reforma do apartamento de 65m² onde mora há 18 anos em São Paulo – época em que deixou São José do Rio Preto rumo à capital para estudar. O intuito era criar um projeto de vida a longo prazo, mas com o início da pandemia e a revolução que ela causou no lifestyle contemporâneo, incluindo a implementação do trabalho home office, o profissional percebeu que precisava de uma mudança geral para atender suas novas necessidades e foi buscar referências em seu passado para poder narrar a nova fase.
Acolhedora e cheia de carga afetiva saindo da curadoria de peças de design e mobiliário, a arquitetura da morada conta uma nova história ao mesmo tempo que abre caminho para outras serem escritas.
Materiais e texturas que conferem elegantes contrastes foram usados na execução do projeto, como o concreto aparente nas colunas e vigas, o tijolinho pintado de branco, além do piso pronto de madeira maciça Tauari Du Lait, da Akafloor, presente em ambientes como o living, quartos e até mesmo lavabo.
Na master suíte, por sua vez, um show à parte: o forro de madeira, que compõe o teto, cria uma sensação de continuidade e unidade ao descer pela parede e encontrar-se com o painel de cabeceira – desenho do próprio arquiteto executado em couro.
“Tudo na minha casa tem um porquê, todas as escolhas me trazem uma memória interessante. Mas acho que uma história nova sempre pode ser escrita, isso me motiva mais em mudar o lugar onde eu vivo”, reflete, por fim, o arquiteto Renato Mendonça.
+ PRA VOCÊ: 30 m² bem resolvidos