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Falamos com o designer Gabriele Chiave

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Em passagem pelo Brasil, o diretor de criação do renomado Marcel Wanders Studio, da Holanda, recebeu a equipe da IT HOME para uma agradável conversa sobre design criativo

Por Claudia Domingos

É possível definir um estilo para o seu trabalho?

O que eu mais amo no que faço é a variedade de projetos que assumimos. Em razão disso, meu estilo tem que ser adaptável para cada trabalho. Embora nossa abordagem permaneça constante, independente de estarmos projetando um objeto ou espaço interior, começamos e terminamos nossos processos considerando as pessoas. Como ela irá experimentar nosso design ou como ele se encaixa em seu estado emocional? Quando o design é feito a partir da colaboração de várias disciplinas, eleva a experiência que as pessoas têm com nosso trabalho.

Quais são suas principais influências? 

Boa parte da influência da minha carreira vem da arte, da fotografia e da moda. Acredito que essas áreas sempre foram grandes fontes de influência para a indústria criativa, devido à natureza inovadora e artística do seu conteúdo. As diferenças culturais também tiveram impacto na minha carreira. Tive a chance de crescer passando pela África, América do Sul e a Europa. Isso me fez quem eu sou como designer, alguém que está constantemente buscando diferenças culturais e estudando hábitos distintos para trazer novos elementos no que crio.

 Como é seu ambiente de trabalho?

Meu ambiente de trabalho é caótico, bagunçado e maravilhoso. No estúdio, existem materiais em todos os lugares. Tenho blocos de desenho, tintas e argila ao redor para que eu possa traduzir ideias em três dimensões. Além disso, não acho que o trabalho só ocorra no estúdio. Todos os lugares podem me inspirar e estou sempre aberto a criar. Isso faz do mundo o meu ambiente de trabalho.

Como é trabalhar com Marcel Wanders, um dos mais incensados criativos de sua geração? 

Trabalhar com Marcel tem sido a parte mais esclarecedora da minha carreira. Ser o diretor criativo de seu estúdio me deu a experiência de gerenciar pessoas, processos e produtos. Ao ir para lá, levei comigo experiência em design mais industrial. Com Marcel, eu pude criar usando inúmeros materiais e projetar coisas bonitas para elevar o espírito humano. Essa parceria me permitiu experimentar mais e encontrar um novo tipo de designer dentro de mim.

Como foi a parceria com a Natuzzi Italia? Fale um pouco sobre o processo criativo para lançar a coleção de móveis.

Ao projetar móveis, começamos sempre considerando como a pessoa se apoiará nele. Como o corpo delas se move? Como se reclina? Como podemos fazer com que o móvel se torne uma forma humana? Com as coleções “Agronomist” e “Oceanographer”, vários tipos de mobília foram projetadas para dialogar e se complementarem. Formamos dois estilos de vida harmoniosos que exalam o humor e a essência de Puglia (região italiana onde nasceu a marca). Nosso objetivo era unir estética e ergonomia para elevar o espírito humano. Projetamos peças para que as pessoas pudessem relaxar, ler e sonhar acordadas no estado mais tranquilo.

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