Apartamento ganha ares de casa com uso de pedra bruta e madeira; alegre, a decoração aposta em cores pontuais, toques de brasilidade e muito aconchego
Os proprietários deste apartamento de 160 m², localizado no bairro Ponta da Areia (em São Luís, MA), moravam em uma casa de 600 m². Assim que dois de seus três filhos se mudaram para o Canadá, o casal decidiu viver com a filha de 15 anos em uma residência menor, em busca de mais praticidade no dia-a-dia.
Para adequar o imóvel ao novo formato da família, eles encomendaram um projeto ao arquiteto Roby Macedo, do escritório Roby Studio de Arquitetura, que contemplou todos os cômodos. “No geral, os clientes pediram um lar alegre, com toques de brasilidade e cores pontuais, que proporcionasse ainda a mesma sensação de aconchego que eles tinham na casa onde moravam”, conta Roby.
O novo projeto fez poucas alterações na planta original, a exemplo da cozinha e da sala, que antes eram separadas e foram integradas após a reforma. “Para deixar os ambientes com ares de casa, como eles queriam, revestimos algumas paredes com materiais naturais, como madeira e pedra bruta”, acrescenta.
Na decoração, a maioria dos móveis é nova, mas algumas peças foram aproveitadas do endereço anterior, a exemplo da mesa de jantar e do sofá, que antes era cinza e foi reestofado em tecido verde. Entre os móveis novos, o arquiteto priorizou peças que imprimissem um toque de brasilidade no projeto e, ao mesmo tempo, equilibrassem com as obras de arte do acervo dos moradores. Um bom exemplo é a poltrona Balão, assinada pelo designer Sérgio Matos, e as cadeiras de jantar Face, assinadas por Zanini de Zanine.
Entre as obras de arte do acervo do casal, o arquiteto destaca o quadro azul, o totem de madeira e a escultura (cabeça) da Maria Bonita, todas do artista baiano Goca Moreno. Já o quadro acima do sofá verde é do artista Moreira Cruz.
A cozinha, agora integrada à sala, ganhou bancada em quartzito Tesouro d’Argento, ilha de cocção, armários superiores e inferiores com portas em laca azul bic, divisórias de correr em esquadrias de alumínio preto com fechamento em vidro canelado (que permitem isolar a cozinha da sala, quando necessário) e paredes laterais revestidas com painéis de madeira natural ripada.
Na suíte máster, roubam a cena closet embutido no painel ripado curvo, a parede de pedra bruta atrás da cama e a gravura ao lado da cabeceira, do artista Toyota.
“Nosso maior desafio neste projeto foi transpor a essência da casa de 600 m² onde os clientes moravam para o apartamento atual, de 160m², ou seja, quase um quarto da metragem anterior”, conclui o arquiteto Roby Macedo.