Memória olfativa

A expressão sensorial através dos aromas: qual intenção causar para um espaço?

 

Por Nathaly Domiciano, colunista*

 

Aromas são capazes de mudar a sensação e a intenção de um ambiente. Isso porque a memória olfativa é ainda mais intensa do que a memória visual que temos – por isso, um aroma pode se consagrar como um elemento que modifica a nossa percepção e estimula alguns tipos de experiências.

 

Quando unimos o design e a experiência olfativa, temos a combinação entre todos os nossos sentidos de alguma forma. Isso porque especialmente o paladar e a visão são os sentidos que nos ajudam a criar referências que se relacionem com o cheiro que estamos sentindo: “adocicado, refrescante, intenso” são alguns dos exemplos.

 

 

Todos os aromas derivam de elementos da natureza, em especial os frutos, as folhagens, as especiarias e as flores. A junção e a proporção entre esses elementos é o que garante um aroma único e que representa um espaço, um conceito e até mesmo uma marca por completo.

 

 

Consequentemente, um aroma cria uma intenção, deve gerar atração do seu público e, por fim, criar uma experiência que pode ser reconhecível, previsível ou totalmente inesperada. Tudo depende da maneira como você quer se expressar. Assim como temos perfumes preferidos que passam uma mensagem sobre a nossa personalidade e até mesmo traços de comportamento, os aromas utilizados para representar um espaço (seja ele residencial ou comercial) cria uma conexão maior com o público que transitará por ele.

 

Marcante, excêntrico, delicado, sóbrio, sofisticado, lúdico, podem ser algumas das características que você pode trazer para um ambiente de modo subjetivo. Por isso, vamos entender mais sobre a intenção das famílias olfativas:

 

Cítrico: a família cítrica representa as primeiras composições perfumadas da nossa história e são formadas pelas notas de frutas cítricas como limão, bergamota, tangerina e laranja.

 

 

Floral: prevalecem notas de jasmim, rosa e violeta combinadas com notas frutadas de pêssego, pêra, cereja, ameixa e outras frutas que trazem um toque mais delicado e também descontraído.

 

 

Aromático: são fragrâncias marcadas pelas notas de ervas como lavanda, menta, sálvia, manjericão e notas verdes, o que representa uma atmosfera refrescante e capaz de reenergizar.

 

 

Oriental: é um tipo de família olfativa reconhecida também pelas fragrâncias adocicadas em que predominam as notas de baunilha, chocolate e de cumarina. As notas orientais despertam associações com bálsamos, especiarias e resinas.

 

 

Chipre: a família Chipre traz uma composição com notas cítricas e também notas florais, como rosa e jasmim. Quando combinadas com musgo e patchouli, resultam em aromas mais densos, sóbrios e sofisticados através de cada uma de suas notas.

 

 

Amadeirado: predominam as notas de madeira como cedro, patchouli, sândalo, vetiver e outras que proporcionam um refrescante e acolhedor de pura conexão com a natureza.

 

 

E para você? Quando falamos em aroma, você pensa em qual dessas famílias? Quais combinações teriam mais vínculo com a sua casa? E com a sua marca? Conte pra gente!

 

 

*  Nathaly Domiciano é designer e especialista em design de superfícies, coolhunting, biofilia e design multissensorial

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

LEIA TAMBÉM